Publicado em: 15th setembro, 2017
Hoje em dia, os símbolos gráficos que representam a marca de uma empresa (logos) são muitas vezes chamados, erroneamente, de “logomarca”.
Segue um pouco das descrições e diferenciações:
Logotipo refere-se à forma particular como o nome da marca é representado graficamente, pela escolha ou desenho de uma tipografia específica. É um dos elementos gráficos de composição de uma marca, algumas vezes é o único, tornando-se a principal representação gráfica da mesma. A expressão costuma ser confundida com o termo logomarca, que, embora tido como correto pela linguística é considerado por designers profissionais e acadêmicos um neologismo impreciso e incorreto.
Logo ou Logotipo?
Logotipo é uma assinatura institucional, a representação gráfica da marca. Por isso ela deverá aparecer em todas as peças gráficas feitas para a empresa. Como toda a assinatura, o logotipo precisa seguir um padrão visual que a torna reconhecida onde quer que ela seja estampada.
Usar corretamente o logotipo é uma das ações obrigatórias para o reforço da imagem e da personalidade da empresa.
A Sony, ao grafar a sua marca, utiliza apenas a forma particular como o nome da marca é representado graficamente — o logotipo, prescindindo da utilização de qualquer outro elemento gráfico adicional (símbolo) para compor a marca. Ao contrário da Sony, a Wikipédia, utiliza simultaneamente um símbolo (um quebra-cabeças em formato de globo) e um logotipo (caracterizado pela própria palavra “Wikipédia” grafada na fonte Linux Libertine) para grafar a sua marca.
“O símbolo e o logotipo são formas de grafar a marca, de torná-la visualmente tangível. É comum as pessoas se referirem ao símbolo como marca. Diz-se frequentemente: a marca da Coca-Cola ou da Fiat, quando, na verdade, a intenção é a referência ao logotipo da Coca-Cola ou da Fiat. Da mesma maneira, símbolos também são chamados de marcas e também é comum se ouvir referência à marca da Volkswagen ou da Mercedes-Benz, quando a designação correta seria símbolo (…). Logos em grego quer dizer conhecimento, e também palavra. Typos quer dizer padrão e também grafia. Portanto, grafia-da-palavra ou palavra-padrão.” – Ana Luísa Escorel – em O Efeito Multiplicador do Design – Editora Senac, pág. 56
Logomarca
O termo “logomarca”, um neologismo usado de forma empírica e genérica para designar logotipo, símbolo ou marca, foi popularizado no Brasil sem que haja consenso nem precisão absoluta ao que ele se refere, se apenas ao símbolo, ao logotipo ou ao sinal misto (combinação de ambos). Apesar de aparecer em dicionários, o termo é visto como inadequado por alguns designers por, segundo eles, não possuir a necessária precisão.
Em seu livro O Efeito Multiplicador do Design, a designer Ana Luísa Escorel, embora sem formação acadêmica em linguística discute fortemente o termo “logomarca”. Ela lembra que a palavra logos, vem do grego significando conhecimento e também palavra. E, embora a etimologia coloque como correlato mais apurado de logos em português os termos estudo ou lógica, a designer afirma que “logomarca” significa “palavra-marca” o que, na opinião dela, não faz sentido. Ela defende ainda que os brasileiros deveriam adotar os termos utilizados no resto do mundo.[1] Essa atitude, no entanto, parece não ser difundida entre muitos designers e não profissionais da área, que usam o termo “logomarca” por seu suposto caráter mais abrangente.
“Curioso que áreas tão afeitas à moda e à terminologia usada internacionalmente para tudo o que diz respeito aos assuntos do setor, como a publicidade, o marketing e mesmo o design gráfico, desprezem as designações corretas, presentes nos artigos publicados pelas revistas especializadas do primeiro mundo. Nelas as palavras logotype, logo ou symbol pontuam cada página, para lembrar apenas os países de língua inglesa.” – Ana Luísa Escorel – em O Efeito Multiplicador do Design – Editora Senac, pág. 56
Portanto, o gráfico abaixo descreve bem quando se deve usar o termo “LOGOMARCA”.
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